sábado, 30 de março de 2013

DIAS ATUAIS - E COMEÇA A SALADA DE FRUTAS


Já fomos garotas de Ipanema, já fomos a grande Amélia que era a “mulher de verdade” e agora somos cachorras, popozudas e safadas
O ritmo que mais toca e que vem seguindo as novas gerações é o funk, que retrata um pouco da realidade das comunidades brasileiras. 
Drogas, armas, conotações sexuais são temas bem abordados e que chamam a atenção dos jovens.

O derivado do funk mais presente no Brasil é o funk carioca. Na verdade, este é bastante popular em várias partes do Brasil e inclusive no exterior, chegou a ser uma das grandes sensações do verão europeu em 2005
Os sucessos desse ritmo são marcados por: Mr. Catra, Gaiola das popozudas, Bonde do Tigrão, DJ Malboro, Tati Quebra BarracoMc. Marcinho e entre outros que marcaram e marcam ainda os funks brasileiros.

Um grande sucesso foram as mulheres frutas, como a mulher melancia, mulher Jaca, moranguinho, entre outras. Todas têm em comum os corpos exuberantes, que fazem com que os homens as desejem e as outras mulheres queiram ser iguais a elas.


            As músicas mostram que estas querem dar uma resposta aos homens com relação ao fato delas não dependerem emocionalmente deles e que as mesmas podem ter diversos relacionamentos, sem precisar se preocupar com que os demais irão falar. 
Um trecho das músicas  “nenhum homem presta” da mulher melancia e “homem é tudo igual” da mulher moranguinho, mostram um pouco como o Gênero feminino está se impondo nas relações homem e mulher. 

                                “Nenhum homem presta
É um mal necessário
Enquanto não acho o certo
           Eu me divirto com os errados...          

                


Homem é tudo igual
Pega um,pega geral 
Fica pagando de gatinho
Mas pra mim tá sem moral....





A mulher deixa de ser submissa e “fiel” e passa a pensar mais em si. Mas também pode ser visto como uma forma de afronta aos homens, mostrando que não só elas podem ser traídas, mas eles também. Observamos então, como a mulher deixou de ser a “mulher de verdade”.

Sou feia, mas tô na moda

Eu fiquei 3 meses sem quebrar o barraco              
Sou feia, mas tô na moda,
tô podendo pagar hotel pros homens
isso é que é mais importante.

Late Que Eu To Passando

Agora é diferente, somos nós
Mulheres que estamos mandando. Fica de quatro, balança

O rabo, me dá a patinha, bota a linguinha pra fora e
Late, late seu cachorro.. Late que eu to passannndoo!

Late, late.. Late que eu to passando vem
Late, late.. Da patinha, vai vem!
Late, late.. Late que eu to passando vai                                       
Late, late...



Para muitos o gênero feminino é denegrido nessas canções, pois vê a mulher como objeto, um corpo que muitas das vezes é usado para ser desejado e com isso receber algo em troca. Enquanto para outras pessoas o funk mostra a liberdade de expressão que a mulher atual possui, sendo capaz de expor sem censura, todos os seus desejos sexuais, todas as suas frustrações e relação com a vida que levam







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