No início dos anos 60 predominava a Bossa Nova, com destaque para artistas como Vinicius de Moraes, Tom Jobim, João Gilberto, criadores do movimento.
Com o passar dos anos, a Bossa Nova tornou-se um dos movimentos mais influentes da história da música popular brasileira, conhecido em todo o mundo, um grande exemplo disso é a música Garota de Ipanema, que se tornou a música brasileira mais conhecida em todo o mundo depois de Aquarela do Brasil.
Mais cheia de graça
É ela menina
Que vem e que passa
No doce balanço, a caminho do mar
Moça do corpo dourado
Do sol de Ipanema
O seu balançado é mais que um poema
É a coisa mais linda que eu já vi passar”
No meado dos anos 60 surgiu o
rock brasileiro, com grande destaque para a Jovem Guarda, que surgiu em 1965.
Sua principal influência era o rock and roll do final da década de
1950 e início dos 1960.
A Jovem Guarda tornou-se o primeiro
movimento musical no país que pôs a música brasileira em sintonia com o fenômeno
internacional do rock da época, catalisado especialmente
pelos Beatles.
Além de Roberto, Erasmo e Wanderléa,
destacaram-se no movimento artistas como Ronnie Von, Eduardo
Araújo, George , Freedman, Wanderley
Cardoso, Sérgio Reis, Sérgio Murilo, Arthurzinho, Ed Wilson, Jerry Adriani, Evinha, Martinha, Lafayette, Vanusa, além de
bandas como Golden Boys, Renato e Seus Blue Caps, Leno e Lílian, Deny e Dino, Trio
Esperança, Os Incríveis, Os Vips e The Fevers.
Sob influência da Jovem Guarda e dos Beatles nasceu em 1967
o Tropicalismo, movimento de vanguarda liderado por Caetano Veloso, Rogério
Duprat, Gilberto Gil, Júlio Medaglia e outros; suas principais composições
foram “Tropicália” "Domingo no Parque” e “Alegria, Alegria” onde era
incentivada a universalização da música brasileira inclusive com utilização de
guitarras elétricas e absorção de vários gêneros musicais: pop-rock, música de
vanguarda, frevo, samba, bolero, etc.
Assim na década de 60
três novas grandes vertentes musicais podem ser identificadas: bossa nova,
músicas sociais de festivais e rock da jovem guarda; evidentemente músicas com
ritmos tradicionais como samba, samba canção, músicas de carnaval e músicas
regionais continuaram a ter seu espaço, mas com menos divulgação e menor
sucesso que as três citadas.
A mulher na música da década de 60 é exaltada, endeusada
como visto em “Garota de Ipanema”. Porém começam também a cantar a mulher que
tem força, como em “Mulher (Sexo Frágil)” de Erasmo Carlos.
“Dizem que a mulher
É o sexo frágil
Mas que mentira
Absurda!
Eu que faço parte
Da rotina de uma delas
Sei que a força
Está com elas..”
É nessa época, também, onde começamos a ver as mulheres expressar seus pensamentos, sendo diretas em relação aos homens, como em “Vem Quente Que Eu Estou Fervendo” de Wanderléa.
“Se você quer brigar
E acha que com isso estou sofrendo
Se enganou meu bem,
Pode vir quente que eu estou fervendo
E acha que com isso estou sofrendo
Se enganou meu bem,
Pode vir quente que eu estou fervendo
Pode tirar o seu time de campo
Pois o meu coração é do tamanho de um trem
Iguais a você eu já peguei mais de cem
Pode vir quente que eu estou fervendo”
Pois o meu coração é do tamanho de um trem
Iguais a você eu já peguei mais de cem
Pode vir quente que eu estou fervendo”
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